O segundo título para download gratuito da Estante Labjor – Por que falar em letramento científico? Raízes do conceito nos estudos da linguagem – é de Rodrigo Bastos Cunha, doutor em Linguística Aplicada (Unicamp, 2009) e pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo.
“Embora já seja bastante usado no campo da educação científica, letramento científico é bem menos corrente do que alfabetização científica”, escreve o autor. “Assim como o letramento é o uso da escrita em práticas sociais, o letramento científico envolve não apenas o conhecimento sobre a ciência e a tecnologia, mas especialmente sua inter-relação com a sociedade.”
[dropcap]H[/dropcap]á pelo menos duas formas possíveis de abordar a ciência, tanto no ensino, em particular, quanto na divulgação científica, de uma forma geral: uma com ênfase na natureza da ciência – que envolve conceitos científicos, teorias, fórmulas, métodos –; e outra com ênfase na sua relação com a sociedade.
“Não se trata de abordagens excludentes. São complementares, cada qual com sua ênfase. E quando o foco principal é falar da relação da ciência com a sociedade, isso envolve abordar os benefícios e os riscos das descobertas científicas, as questões éticas a elas relacionadas, os interesses envolvidos, a origem dos recursos que financiam as pesquisas e os possíveis impactos econômicos, ambientais e sociais”, afirma Cunha.
O livro contém uma segunda parte, tradução de “Scientific Literacy: a conceptual overview”, de Rüdiger Laugksch, publicado originalmente na revista Science Education.
livro_rbcCapa: Ian Scheufler
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